Deixo claro que este texto trata-se apenas de uma reflexão e não tem  fins políticos envolvidos. O objetivo aqui é saber o que as pessoas estão pensando a respeito do novo programa Governo de São Paulo.

Estampando todas as capas de veículos de comunicação, está o novo programa de ajuda ao usuário de crack em São Paulo. 

O programa polêmico que já foi o apelido de "Bolsa Crack" e tem previsão de lançamento na próxima quinta-feira, dia 9 pelo Governador Geraldo Alckmin, e já provoca revolta e surpresa em muitas pessoas.

Sabemos que o crack é um problema que atinge milhões de brasileiros, não podemos e nem devemos fechar os olhos para essa realidade, mas colocar um valor de R$ 1.300,00 na mão de familiares de usuários para seu tratamento é realmente o melhor caminho?

Que um dependente químico deve ter direito a tratamento GRATUITO cedido pelo Estado, isso não há dúvidas, é evidente o sofrimento que causa em milhares de famílias, contribui para o aumento da violência urbana e morte de pessoas que se bem tratadas poderiam perfeitamente retomar suas vidas.

O crack faz com que muitas pessoas se afastem de famílias e optam por viver nas ruas, famílias essas que não tem condições de amparar e patrocinar um tratamento digno, pois as clínicas de reabilitação particulares não são uma realidade para a maioria da população brasileira. 

Porém há de se pensar que oferecer um valor de R$ 1.300,00 por família que tem um dependente químico necessitando de tratamento, parece um incentivo ao uso da droga, droga essa que sabemos que mantém um mercado criminoso que movimenta milhões de reais por ano.

Abrimos o questionamento para: Se o governo quer realmente investir em um programa eficaz para recuperar os usuários, por que não ao invés do repasse para clínicas particulares cadastradas não seja aplicado em construção de clínicas públicas realmente eficazes para a recuperação de um dependente químico? Ou devemos imaginar que acontecerá como as inúmeras obras que são construídas e que se tornam elefantes brancos aos montes ou ainda se esse programa não seria uma troca entre governo e determinados empresários?

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Fontes: Estadão, Exame.abril, G1